Inorga-Mimos II

From Panol

14° rei de Sistarte, filho de Inorga-Mimos e irmão de Egisto III. Não teve descendente masculino. Tornou-se rei em 1666 AEC e governou até 1620 AEC.

O ano de 1666 AEC trouxera surpresas. Uma delas é a morte de Inorga-Mimos e a sucessão de seu filho Inorga-Mimos II, e a outra era mais uma leva de bárbaros invadindo o império. Estes novos invasores eram muito diferentes fisicamente dos anteriores. Eram escuros de pele e usavam folhas presas no corpo. Possuíam cicatrizes nos braços e geralmente eram belos de rosto. A fala era diferente de tudo que pudesse paracer com línguas humanas ... cheias de grunhidos e estalidos. Os sistartes os chamaram de menelius, mas os homens de Libros chamavam-nos de mênlistes.

Os mênlistes atacaram um imperio desgastado pelas guerras anteriores e penetraram facilmente em alguns pontos. Felizmente, os primeiros invasores já não eram mais ameaça para os sistartes, mas livrar-se destes não era fácil: tinham uma forte autoridade central e possuíam cavalos (eram hábeis cavaleiros). Chamavam seu líder de Zassartur, que os sistartes consideraram um nome mas era na verdade um título.

Sob a liderança de Zassartur, os menelius cercaram sistarte, mas o cerco foi rompido pela própria Samatra, antes mesmo de qualquer ajuda do sul e de Javal chegar. Inorga-Mimos II manteve as tropas no norte, e o sul foi sendo invadido aos poucos pelos menelius, ano após ano.

A situação no sul era desesperadora, mas o rei tinha mais interesse em proteger o norte do que aquela parte do império. Logo, a região das nascentes e o sul mundita ficaram repletos de cidades e fortificação menelistas intercaladas com focos de resistência sistarte. Apesar da mágoa de se sentirem traídos pelo rei, amavam a civilização sistarte em nítido contraste com a barbaridade dos invasores.

Um homem de coragem e liderança, Ardúril de Costabana e seu bando começaram a proteger algumas vilas e derrotar os menelius em muitas batalhas na planície entre o sul mundita e a região das nascentes. Gozando cada vez de mais popularidade entre os camponeses e sendo cada vez mais temido pelos inimigos, ganhou autoridade o suficiente para em 1660 AEC depor as autoridades sistartes. Logo possuía sob o seu comando direto um exército de fluvílidas, munditas e outros do sul. O sucessor de Merindórem lhe dera um aspecto de salvador dos munditas. Não demorou até que Ardúril declarou o "Reino do Sul" independente de Sistarte.

Enquanto isso, na região das nascentes, os sátrapas locais se uniram num conselho e organizaram, assim como Ardúril, a resistência independente de Sistarte. Isso era difícil porque os exércitos foram para o norte, mas muitos conseguiram desertar e dirigiram-se novamente para o sul para protegerem os conterrâneos quando rumores de desespero e morte rumaram para o norte. Os sátrapas declararam independência em relação ao norte e governaram a região através de um conselho. Assim, o império via-se dividido em três e dilacerado pelos menelius.

Inorga-Mimos II cuidou de tudo no tempo devido. Primeiro tratou de desviar a ira dos menelius do norte para mais ao norte ainda, depois os levaram para além de Javal, e Zassartur não conseguiu manter contato com seus súditos do sul. Enfraquecido, foi obrigado a migrar para o leste, onde formou a tribo dos mênlistes. O sul conseguiu se livrar dos demais menelius por conta própria. Assim, sem a ameaça externa, Inorga-Mimos II foi reunir seu império e descobriu que não seria algo simples de se fazer.

Não foi senão em 1640 AEC que Javal e Sistarte se organizaram da melhor maneira que puderam sob o comando de Inorga-Egisto, irmão de Inorga-Mimos II e foram eficazes em derrubar o governo dos sátrapas das nascentes. Mas isso não sem a ajuda dos fluvílidas, que traíram Ardúril, desobedecendo sua ordem de não apoiar agressores ao reino vizinho independente. A situação ficou de tal modo favorável a Inorga-Mimos II, que um ano depois o reino do Sul estava destituído e Ardúril e os mais leais se encontravam cercados pelos sistartes. Desafiado por Ardúril para um duelo pessoal, Inorga-Egisto é assassinado por este, que foge com seu bando e desaparece dos registros.

Doze anos depois de todos esses incidentes, a paz retornara e as atividades tinham voltado ao normal. Cada vez mais os invasores foram sendo esquecidos, a não ser em registros de historiadores em em conversas dos mais velhos. Nessa época Inorga-Mimos II convidara a casa moranina de sua mãe a se mudar de Libros para Sistarte. Os moraninos já não eram mais a casa governante, e aceitaram o convite de mudança.

Doze anos depois Inorga-Mimos II faleceu sem filho homem, e o colar Régio veio a pertencer a Egisto III, seu doente irmão.

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