Clube
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[edit] Símbolos
[edit] Escudo
O primeiro escudo do Vasco foi criado na administração do presidente Alberto Carvalho, em 1903. Era redondo, fundo negro com a caravela ao centro. Em volta do fundo negro, um círculo com as iniciais C.R. e Vasco Da Gama, separados por seis cruzes de Cristo em vermelho.
Nas velas da embarcação está estampada uma cruz, símbolo que era realmente usado nas navegações portuguesas. O escudo do clube foi modificado ao longo do tempo, permanecendo a caravela com a cruz, até surgir a forma definitiva, com o fundo preto representando os mares desconhecidos do Oriente, a faixa branca representando a rota descoberta por Vasco da Gama, e a caravela com a cruz de malta (cruz pátea).
Foi a partir da década de 20 que o clube adotou o escudo que mantém até hoje, de fundo negro, com a caravela ao centro e a faixa diagonal branca (só introduzida em 1945, por sugestão do técnico uruguaio Ondino Vieira), tendo o nome do clube representado pelas iniciais CR e VG entrelaçadas ao lado e abaixo da caravela.
[edit] Uniforme
A primeira camisa, criada no ano de fundação, foi usada inicialmente pelo departamento de remo do clube. O modelo era uma camisa preta com uma faixa branca na diagonal partindo do ombro direito (o inverso do modelo atual) e a Cruz de Cristo em vermelho no centro da camisa.
A primeira camisa usada pelo time de futebol era toda negra, com gola e punhos brancos e a Cruz de Cristo em vermelho colocada sobre a posição do coração.
O uniforme foi inspirado pelo do Lusitânia Futebol Clube, clube que realizou uma fusão com o Vasco em 1915, que por sua vez era inspirado no uniforme do combinado português que jogou uma série de amistosos no Brasil em 1913.
A partir dos anos 30, foi adotado o novo desenho com a volta da faixa diagonal, porém agora esta partia do ombro esquerdo, sendo ainda utilizada a Cruz de Cristo vermelha posicionada sobre a faixa na altura do coração.
Em 1945, por sugestão do então treinador de futebol, Ondino Vieira, foi feita a mudança da camisa tradicional para uma semelhante à do River Plate, invertendo-se as cores. Surgiu então o uniforme tradicional, com as duas variações: um branco com a faixa preta (principal) e o outro preto com a faixa branca (reserva).
Nos anos 70, a Cruz de Cristo foi substituída pela Cruz Pátea, que permanece até hoje.
Ao longo dos anos, até 1988 não houve mudanças significativas no uniforme. Algumas vezes eram modificados os tipos de gola, a faixa diagonal era alargada ou diminuída, e os números eram colocados de forma diferente.
Em 1988 foi adotada uma mudança no uniforme do clube, sendo retirada a faixa diagonal nas costas da camisa, ficando esse lado apenas com o número e a marca do patrocinador.
Em 1991 foi feita uma nova mudança: a faixa diagonal foi um pouco alargada, sobre a Cruz Pátea foram colocadas as três estrelas presentes tradicionalmente na bandeira do clube, e foi colocada uma faixa em cada manga (retiradas depois, em 1993). Os números também passaram a ser pintados em preto e branco, ao invés do vermelho que era usado até então. Em 1994 o escudo do clube passou a ser colocado também nas mangas.
Já em 1996 o uniforme sofreu uma grande reformulação, com a volta da faixa nas costas, a inclusão dos números em destaque em um círculo, que também servia para dar destaque ao nome da empresa que patrocinava o clube, e as mangas com destaque para o fornecedor de material do clube.
Em 1998 a camisa foi novamente modificada, sendo então feita com gola olímpica com botão, furinhos nas laterais e o escudos nas mangas: de um lado o de campeão brasileiro, e do outro o do centenário do clube. Mais uma vez a faixa nas costas foi retirada, permanecendo apenas o número, mas sem o círculo em torno dele.
Em 2002, a camisa toda preta com a Cruz Pátea sobre o coração foi retomada e passou a ser considerada o terceiro uniforme oficial do clube. A partir de 2003 a faixa diagonal nas costas passou a ser utilizada novamente, assim como os números em vermelho.
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1930 |
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1997 |
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1998 |
[edit] Mascote
No início o mascote do Vasco era o Almirante, em homenagem ao navegador português Vasco da Gama. Após os anos 40 foi criada a figura bem-humorada de um comerciante português barrigudo e bigodudo e de tamancos com a camisa do clube, representando os comerciantes portugueses. Nos anos 60, o cartunista Henfil, no Jornal dos Sports, criou o apelido Bacalhau, que também teve aceitação entre os torcedores.
[edit] Sedes
A principal sede administrativa, esportiva e social do clube situa-se no complexo esportivo de São Januário, no bairro Vasco da Gama, criado a partir do clube, originalmente uma região do bairro de São Cristóvão, no Rio de Janeiro.
Além desta o clube possui outras sedes:
- Sede Náutica da Lagoa
Inaugurada em 18 de agosto de 1950. Foi construída devido à necessidade do clube de ter uma sede para abrigar os esportes náuticos quando as regatas passaram a ser disputadas na Lagoa.
Além do salão de festas, usado para as reuniões do conselho deliberativo do clube, a sede é também garagem dos barcos usados nos treinos e competições de remo.
Conta com: 3 pavimentos, um subsolo e um terraço, carpintaria para construção e conservação de barcos, garagem de barcos, sala de musculação, alojamento para 40 atletas e a administração. Situa-se às margens da Lagoa Rodrigo de Freitas, no bairro da Lagoa.
Em suas paredes externas, uma composição de azulejos de Burle Marx.
- Calabouço
Antiga sede náutica do clube, hoje destinada ao lazer dos associados, conta com piscina, duas saunas, quadras esportivas, área de recreação infantil, salão de festas, departamento médico, administração e um restaurante. Situa-se ás margens da Baía da Guanabara na ponta do Calabouço, no centro do Rio de Janeiro, próximo ao Aeroporto Santos Dumont e ao Museu de Arte Moderna.
- Centro de Treinamento Almirante Heleno Nunes
Terreno situado às margens da Rodovia Washington Luís, onde o clube projeta e inicia a construção de seu centro de treinamento, que terá diversos campos de futebol, 2 ginásios e um hotel-concentração. Parte do terreno é área de preservação ambiental, devido às suas características naturais.
- Vasco-Barra
Centro de treinamento do clube, situado no bairro da Barra da Tijuca. Não pertence ao clube, trata-se de um centro de treinamento alugado.
- Sede do Centro
O clube já possuiu uma sede no centro do Rio de Janeiro, desapropriada e demolida na década de 70 para as obras de construção do metrô do Rio de Janeiro.
[edit] São Januário
[[Imagem:São Januário 2005-jul-30.jpg|thumb|220px|Foto de São Januário em 2005.]] Template:AP
- Inauguração: 21 de Abril de 1927
- Capacidade Atual: 35.000 torcedores
- Jogo Inaugural: Vasco 3 - 5 Santos Futebol Clube
- Maior Público: Cerca de 60 mil, em 19 de fevereiro de 1928, no jogo Vasco 1 x 0 Wanderers (Uruguai)
- Maior artilheiro: Roberto Dinamite, 184 gols.
O complexo esportivo-social conta, além do estádio com:
- Parque Aquático
- Inaugurado em 30 de agosto de 1953.
- Composto de quatro piscinas: uma olímpica, uma para saltos ornamentais e duas pequenas, para o aquecimento dos atletas. Vestiários, uma estação para tratamento de água e uma sala de musculação. O Parque Aquático do Vasco da Gama sediou em 1998 uma etapa da Copa do Mundo de Natação (a primeira disputada no Brasil) como parte das comemorações pelo Centenário do Vasco da Gama.
- Ginásio Poliesportivo
- Inaugurado em 23 de setembro de 1956.
- Capacidade para 2,5 mil torcedores.
- Quadra oficial para as partidas das equipes de futsal, basquete e handebol do clube.
- Capela de Nossa Senhora das Vitórias (Padroeira do Clube)
- Inaugurada em 15 de agosto de 1955.
- Nela são celebrados missas, batizados e casamentos. Tradicionalmente se realiza nela que a missa pelo aniversário do clube.
- Salão de Troféus
- Lugar onde se encontram todas as glórias e conquistas do Vasco da Gama.
- Cerca de seis mil troféus, taças, medalhas, bronzes, copas, faixas, placas, flâmulas, diplomas, fotos e relíquias referentes à história e às conquistas do Clube.
- Quadras poliesportivas;
- Sede administrativa;
- Restaurante;
- Loja de materiais do clube;
- Hotel-Concentração para atletas;
[edit] Presidentes
Template:AP O atual presidente do clube é Roberto Dinamite.
[edit] Treinadores de futebol
Template:AP O treinador de futebol atual é Romário.
[edit] Publicações sobre o Vasco
[edit] Vídeos
- Dinamite, a vocação do gol (Hurry Marketing)
- Vasco Campeão Brasileiro 1989 (Globo Vídeo)
- Vasco Campeão Brasileiro 1997 (Hurry Marketing)
- Vasco Campeão Taça Guanabara 1998 (O Globo)
- Edmundo, o Maior Artilheiro do Brasil (Casa & Vídeo)
- Vasco 100 anos (O Globo)
- Vasco 100 anos (O Dia)
- Vídeo Oficial do Centenário (C.R. Vasco da Gama)
[edit] Livros
- Um ídolo chamado Roberto Dinamite (Paulo César O. Pinto, Editora Revan, 1988)
- Roberto Dinamite, a explosão do gol! (Edvard Leite de Carvalho, Gráfica e Editora Lar Cristão, 1993)
- Roberto Dinamite, O Início do Ídolo (Giulio San Martin, 1993)
- Livro Oficial do Centenário (C.R. Vasco da Gama Br Comunic. Marketing Consultoria, 1998)
- Livro Oficial do Centenário - Estatístico (C.R. Vasco da Gama Br Comunic. Marketing Consultoria, 1998)
- A História do Vasco da Gama em Cordel (Cláudio Aragão, Editora Bom Texto, 2003)
[edit] Discos
- Vascão Campeão 1982 (Rádio Globo)
- Vascão Bi-Campeão 87/88 (Rádio Globo CBS)
- Gritos da Galera (Hipermusic Videolar)
- Hino do Vasco (O Dia BMG/Sonopress)
- C.R. Vasco da Gama 100 anos de sucesso (Pierre Aderne Columbia)
[edit] Torcida
[edit] Gritos populares
- Grito de casaca
O grito de guerra da torcida do Vasco é mais antigo que o estádio de São Januário. Mas a origem é controversa. Há duas versões conhecidas para o grito:
- Segundo o sr. Feliciano Peixoto, o "Ramona", ex-remador do Vasco e integrante da turma da Fuzarca:
Na década de 1920, alguns clubes que disputavam os campeonatos de regatas - Internacional de Regatas, Boqueirão e Vasco da Gama - ainda não possuíam sede própria. Seus atletas se reuniam na rua. Como não tinham local para se encontrar, os atletas de remo e natação da época eram identificados como grupos. Cada grupo recebia uma denominação. Assim é que o Internacional de Regatas criou o Grupo dos Lindos. Para não ficar atrás, o Boqueirão denominou sua turma de Grupo das Garrafas e no Vasco surgiu o Grupo dos Supimpas.
Os integrantes do Grupo dos Supimpas, como todos os outros, jovens, começaram a promever reuniões festivas que se chamavam "reco-reco" e seus participantes ficaram conhecidos como turma da Fuzarca. Fuzarca significa simplesmente farra.
A turma da Fuzarca foi crescendo, se ampliando e ganhando vida própria. Os Sumpimpas resolveram criar concursos de natação, remo e polo aquático, além de outras festinhas para reunir o pessoal. Foi construída uma quadra de vôlei, em um terreno localizado na rua México, no Centro, onde passou a se reunir a nata do remo, da natação e do pólo aquático do Rio.
Sempre, após os treinos, lá iam eles para quadra de vôlei, onde praticavam esse esporte e se divertiam. Tornaram-se tão amigos todos eles, que muitos foram se transferido para o Vasco, após a construção de São Januário.
Havia um outro motivo que os reunia, além do remo, da natação e do pólo aquático: as lindas praias da época, como o Calabouço e, principalmente, a praia das Virtudes, a mais concorrida.
Na praia do Calabouço, o Vasco e os clubes reuniam seus atletas para competir. Na praia das Virtudes, que ficava em frente à Santa Casa de Misericórdia e à Igreja Santa Luzia, se concentravam jovens do Centro, da Cidade Nova, da Lapa, de Santa Tereza e adjacências.
Havia um animador que ficava na beira da praia e era um verdadeiro sucesso entre os jovens. Era Claudionor Provenzano, que realizava entre outras promoções banhos de mar a fantasia.
O grupo aquático Os Supimpas se fazia presente sempre. Seus integrantes desfilavam com o corpo todo pintado. A turma da Fuzarca, já em grande número, se divertia muito, enquanto o bloco dos Supimpas ia dançando e cantando. Essas festas se arrastavam pelo ano, mesmo fora de épocas como a do Carnaval.
Os Supimpas desfilavam da quadra de vôlei na México até a Praia das Virtudes. Ali, foi introduzido o Casaca para fazer rima com Fuzarca, exatamente na quadra de vôlei, cantado pelos remadores. Os próprios atletas divulgavam o grito das animadas festas da praia.
Dos dias de carnaval para as competições, o grito de guerra de um grupo de atletas do Vasco foi tomando conta de todos os locais onde o Vasco disputava competições.
Passou a acompanhar as competições e os jogos de futebol. Inicialmente, o grito de Casaca era puxado por Francisco Vieira Salinas, o "Bambu", acompanhado pelos três outros sócios da turma da Fuzarca : Carlos Martins dos Santos, o "Carlinhos", Mário Muto, o "Cocó", e o próprio "Ramona", ou Feliciano Peixoto.
Bambu iniciou e outros atletas foram seguindo, além dos sócios da turma da Fuzarca. Ao terminar as festas, encerradas as músicas, os cantos e as danças, todos puxavam o Casaca, que passou a ser uma espécie de hino às vitórias. Dos quatro sócios iniciais, a turma da Fuzarca foi ganhando participação maciça dos atletas e torcedores.
O futebol começava a dar largas passadas rumo ao sucesso e ao crescimento como esporte de massa. Ganhava adeptos dentro e fora do campo. Logo os vascaínos se encarregaram de transportar o Casaca da rua e das competições de esporte amador para os estádios.
- Segundo o sr. Mario Lamosa:
Os remadores do Vasco eram jovens que gostavam de frequentar festas. Um belo dia numa festa com traje a rigor, os atletas, depois de terem bebido muito, começaram a tirar seus paletós (casacas) e gritar "casaca". Logo os vascaínos da turma da fuzarca emendaram casaca com turma da fuzarca, e o grito foi se formando. A partir daí tornou-se o grito das vitórias do Vasco nos campeonatos de remo, e depois em todas as modalidades.
- Curiosamente, o Sport Club do Recife tem um grito de guerra muito semelhante ao do Vasco, com as palavras casaca e fuzarca.
"AO VASCO NADA?
TUDO!!!
ENTÃO COMO É QUE É?
CASACA! CASACA!
CASACA, ZACA, ZACA!
A TURMA É BOA!
É MESMO DA FUZARCA!
VASCO! VASCO! VASCO!"
Note-se que este grito é, em alguns aspectos, semelhante ao grito académico usado em muitas universidades portuguesas ("E para "X" não vai nada, nada, nada? Tudo! Não vai mesmo, nada, nada? Tudo...").
- O Vasco é o time da virada
Grito surgido nos anos 80, a partir do samba-enredo da escola de samba GRES Beija-flor de Nilópolis no carnaval de 1978, "A Criação do Mundo na Tradição Nagô", cujo refrão foi adaptado pela torcida pelo fato de o Vasco ser um time que tradicionalmente vira o jogo, ou seja, obtém a vitória após iniciar a partida perdendo.
"ÊÊÊ ÊÊÊ ÊÊÊ
Ô Ô ÔÔ
O VASCO É O TIME DA VIRADA
O VASCO É O TIME DO AMOR"
- Graças a Deus eu sou Vascão
Grito surgido nos anos 70/80, baseado na canção popular brasileira Asa Branca.
"Graças a Deus eu sou Vascão
Ele está no coração
Ele ganhando, ele perdendo
Sou Vascaíno de coração"
- Dá-lhe meu Vascão
Grito surgido durante a disputa da taça libertadores da América de 1998
"Dá-lhe dá-lhe dá-lhe meu Vascão
Dá-lhe dá-lhe dá-lhe meu Vascão
O Meu
O Meu Vascão"
[edit] Torcidas organizadas
- Força Jovem Vasco
- Torcida Organizada do Vasco
- Kamikazes Vascaínos
- Mancha Negra
- Pequenos Vascaínos
- Renovascão
- ResenVasco
- VasBoaVista
- VilaVasqueire
- SerVasco
- Torcida Gigantes da Colina
- Ira Jovem
- Guerreiros do Almirante
- VasGuaçu
[edit] Curiosidades
- O milésimo gol em Campeonatos Brasileiros
O Vasco foi o segundo clube brasileiro a chegar a essa marca no Campeonato Brasileiro. O primeiro foi o São Paulo no dia 8 de novembro de 2000, na derrota para o Sport por 4 a 3 na Ilha do Retiro.
O milésimo gol vascaíno ocorreu no dia 28 de novembro de 2000, num jogo contra o Bahia, sendo feito pelo jogador Juninho Paulista. A marca, porém, pegou o Brasil inteiro de surpresa. Tudo por causa da revista Placar. Em 1996 ela publicou uma edição especial que trazia todos os jogos do Brasileiro desde 1971 a 1995. O que ocorreu é que houve um erro no placar de um dos jogos do Vasco.
A partida era Joinville vs. Vasco, disputada em 18 de março de 1984. O time do Joinville havia ganho o jogo por um único gol, mas na edição especial do Placar o placar estava invertido, dando o gol e a vitória para o Vasco. A publicação acabou enganando até a Rede Globo até que o erro fosse descoberto.
- O Sapo de Arubinha
Em 30 de Dezembro de 1937, havia sido marcada pelo Campeonato Carioca uma partida entre o Vasco e o time do Andaraí. Naquele dia, logo de manhã, começou a chover forte. A chuva não parou, e continou noite adentro. Normalmente, nessas condições, trocar-se-ia o dia do jogo. Mas não houve transferência. Era um jogo sem importância - todos sabiam que o Vasco iria ganhar.
Às nove horas, então, no campo do Fluminense, o Andaraí foi para o jogo. Mas o time do Vasco não aparecia. E os jogadores do Andaraí ficaram ali, no meio do campo, pegando chuva, esperando pelo Vasco, até que, impacientes e encharcados, foram interpelar o juiz, Haroldo Dias da Motta. Mas nada do Vasco. O juiz, então, deu duas alternativas aos jogadores do Andaraí: eles poderiam esperar o Vasco, ou ganharem de W.O.
Os jogadores do Andaraí se reuniram, e houve debate. Uns achavam que o time tinha que aproveitar, ganhar pontos que pareciam perdidos; outros já achavam tudo aquilo uma tremenda injustiça com o Vasco. Até que descobriu-se o motivo do atraso: tinha havido uma acidente com o time vascaíno, e muitos jogadores estavam no pronto-socorro. Um caminhão da limpeza tinha batido no carro que levava os jogadores do Vasco, e todo o time titular estava no hospital.
Solidários com os colegas, o Andaraí resolveu esperar os reservas, que tinham escapado do acidente. Como diriam naquela noite: "O Andaraí sabe que vai perder, mas não faz questão de pontos. Faz questão é da amizade do Vasco".
Um jogador então intrometeu-se na conversa. Era o Arubinha, ponta esquerda do Andaraí. Ele fez um singelo pedido: que o Vasco não abussase. Afinal, o Andaraí estava há tempos lá no campo, pegando chuva, por causa do Vasco. Não merecia ser goleado por aquele gesto de solidariedade.
A maioria dos outros jogadores discordava. Era o time reserva do Vasco, e ainda por cima abalado pelo acidente. Daria Andaraí, é claro. Finalmente o Vasco chegou. E não parecia ter havido acidente nenhum: terminado o primeiro tempo, o placar registrava 5 a 0 para os camisas pretas. E o Vasco continou a chuva de gols no segundo tempo, totalizando 12 a 0.
Arubinha, então, irritadissimo por ter pego tanta chuva apenas para ser humilhado pelo time reserva vascaíno, ajoelhou-se e pediu, bem alto, para que, se houvesse algum Deus no céu, o Vasco passasse doze anos sem ser campeão. Dizem que Arubinha não se contentou só com isso. Foi a São Januário e lá enterrou um sapo com a boca costurada, para fortalecer a praga.<ref>FILHO, Mario - O Sapo de Arubinha; pp. 176 (Companhia das Letras, 1994) - ISBN 85-7164-386-5</ref> Os anos então se passaram, e nada do Vasco ser campeão. O campo todo de São Januário foi revirado, mas não se encontrou sapo nenhum. Chegaram a oferecer dinheiro para Arubinha revelar onde enterrara o sapo e desfazer a praga, mas ele se recusava. E afirmava não ter enterrado sapo nenhum.
Verdade ou não, o Vasco só viria a ser campeão novamente 8 anos depois, em 1945.
- Pó-de-mico
Num jogo válido pelo Carioca de 1979, ao entrar no campo no Estádio de Moça Bonita o goleiro Emerson Leão subitamente saiu correndo aos vestiários se coçando todo, seguido pelos os outros jogadores, todos se coçando.
Édson Izidoro, torcedor do Bangu, tinha jogado pó-de-mico nos jogadores vascaínos! Édson foi preso por pertubação da ordem. Não obstante o golpe baixo, o Vasco ganhou o jogo por 3a 0.
- Maior goleada
Vasco 14 - 1 Canto do Rio FC
Umas das maiores goleadas do futebol profissional do Rio de Janeiro. O Canto do Rio ainda tentou evitar a derrota, trocando de goleiro no intervalo, quando o placar era de "apenas" 5 a 0.
O jogo foi realizado em São Januário, no dia 6 de setembro de 1947. O Vasco atuou com: Barbosa, Augusto e Rafanelli; Eli, Danilo e Jorge; Nestor, Maneca, Dimas, Ismael e Chico. T: Flávio Costa. O Canto do Rio atuou com: Odair (Raimundo), Borracha e Lamparina; Carango, Bonifácio e Canelinha; Heitor, Waldemar, Raimundo, Didi e Noronha.
Gols: Maneca (5), Ismael (4), Dimas (3), Nestor, Chico e Waldemar.
Árbitro: Alberto da Gama Malcher.
- Maior goleada em um Vasco vs. Flamengo
Em 26 de abril de 1931 o Vasco derrotou o rival com um placar de 7 a 0. Neste mesmo ano, o Vasco se tornou o segundo clube brasileiro e o primeiro carioca a ser convidado para uma excursão à Europa, mais precisamente a Portugal e Espanha. O primeiro clube foi o Paulistano, de São Paulo.
- Maior goleada em um Vasco vs. Botafogo
O placar foi de 7 a 0, em 29 de abril de 2001, pelo Campeonato Estadual, com gols de Juninho Paulista (3), Romário (2), Euller (1) e Pedrinho (1).
- Maior goleada em um Vasco vs. Fluminense
O placar foi de 6 a 0, em 9 de novembro de 1930, pelo Campeonato Estadual.
- Jogador vascaíno cria o Gol Olímpico
Em 28 de Março de 1928, em um amistoso contra o uruguaio Wanderes, o Vasco inaugurou os refletores e a arquibancada atrás de um dos gols.
Com um gol feito de cobrança de escanteio, que entrou direto no gol uruguaio, o Vasco venceu por 1 a 0. Como os uruguaios eram os campeões olímpicos da época, nasceu, do córner cobrado pelo jogador Santana, o gol olímpico.
Sobre o feito, o extinto Jornal "A Noite" escreveu: "O que o Vasco acabou conseguindo nessa memorável noite não se mede nem se descreve e foi simplesmente assombroso.
Di-lo o público presente ao estádio, calculado em mais de 60 mil pessoas."<ref>Lance!, Série Grandes Clubes - Um século de paixão, Vasco da Gama, A História do clube da Cruz de Malta; 1998</ref>
- Gandula era jogador vascaíno
Bernardo Gandula foi um jogador argentino que atuou no Vasco como meia-esquerda, em 1939, contratado ao Boca Juniors, fazendo ala com outro argentino, o ponta-esquerda Emeal. Gandula tinha a característica de buscar a bola que saía de campo para entregá-la ao jogador que faria a cobrança, repondo a bola em jogo mesmo que fosse do time adversario. Quando a função passou a ser desempenhada por garotos durante as partidas, o público os apelidou com o nome do ex-craque vascaíno.