Agabecês
From Panol
9° rei de Sistarte, genro de Mimos e pai de Egisto. Tornou-se rei em 1893 AEC e governou até 1772 AEC.
Agabecês orgulhava-se de ser descendente de Ágabo, o primeiro rei sistarte. Seu casamento com a filha de Mimos teve segundas intensões, só expostas após a morte do sogro: Agabecês desejava restaurar a linhagem real agabau.
Mimos fora um rei extremamente respeitado, e Agabecês desejava o mesmo para si. Para tanto, desejou realizar alguma proeza militar, tal como foi a retomada de Javal, por Mimos. Porém, Agabecês era mais sofisticado que o rústico Mimos. Estabeleceu para si cantores, e promovia a escrita de épicos. Ficou estupefato com a comitiva da longínqua Libros, que se dera em 1797 AEC. Passou a admirar as proezas da navegação de Libros e um ano depois selou uma aliança com este povo. Agabecês promoveu ainda a fundação de uma imitação da "Casa do Pensamento" de Libros, a mesma que Aduneius (de Meirol e a Pedra Sácer) quase dois séculos depois se tornaria membro. Este foi um período em que a erudição começou a aparecer entre os sistartes.
Porém, digna de maior menção é campanha para subjugar os bárbaros clãs do Flúvis. Agabecês já estava idoso, e se rendeu aos constantes pedidos do filho Egisto para que ele ficasse reinando em Sistarte, e que o enviasse como comandante das forças sistartes que seriam enviadas à aresta (encontro dos rios Flúvis e Silivrens).
A luta contra os clãs do Flúvis não seria fácil, e Agabecês o sabia muito bem. Temia ter que pagar um preço muito alto para conquistar o coração dos líderes militares (hávidos por uma guerra): a vida de Egisto. Por isso, Agabecês instruiu Egisto a ser inteligente e, se perceber que a dominação seria muito difícil, que negociasse a submisão destes clãs. E foi isso que aconteceu. De 1791 até meados de 1783 AEC o numeroso, mas não tão decidido exército sistarte penava para dominar os homens da aresta. Foi em 1782 AEC que Egisto viajou, em pessoa, até Libros e solicitou ajuda pelo rio. Mas os homens de Libros desconheciam o largo rio que descrevia Egisto (o Silivrens), e não se lançaram numa aventura ao desconhecido.
Foi então que o governante de Abratena, primo do rei de Libros, e sua bela filha, foram vistos por Egisto. A bem tratada moça era de bela figura, e Egisto de imediato a desejou. Mas naquele momento, uma guerra estava sendo travada, e outros assuntos o chamaram, e ele foi-se de volta para a aresta.
Egisto, sem a ajuda de Libros, resolveu fazer um acordo com os já exaustos e famintos clãs do Flúvis, conforme conselho de seu pai. A guerra que perdurava por 8 anos esfriou o ímpeto guerreiro dos nativos e estes já previam sua derrocada, assassinatos em massa dos homens e escravização de mulheres e crianças. Quando receberam convite de negociar sua rendição, e notaram que os termos não eram, de certa forma, ruins, aceitaram pagar tributo aos sistartes. Tornou-se também obrigação de tais o serviço militar, quando solicitado pelos sistartes. Porém, os clãs do Flúvis estavam agora em situação mais segura, pois os povos sob domínio sistartes ficaram proibidos de assediá-los e povos das margens do Silivrens (tribos silvas) passaram a temer enfrentá-los e atrair para si a ira do grande império sistarte.
Em 1780 AEC Egisto pede a mão da donzela filha do governante de Abratena. Uma grande festa se dá em solo sistarte, com muitos ilustres homens de libros presentes. Mais tarde no mesmo ano, porém, o pai da moça descobre que Egisto já era casado, e considera uma ofensa a toda casa de Abratena sua filha ser uma segunda esposa de alguém. Anula o casamento e pede sua filha de volta. Egisto se nega e Agabecês é informado que os homens de Libros começam a ancorar embarcações perto da nascente do rio Ribamenos. Sabendo que se tratava de uma guerra a fim de resgatar a moça abratena, Agabecês ordena um ataque àqueles homens de Libros. Inicia-se a guerra libro-sistarte. Alguns mestres de Libros se encontravam em teritório sistarte, mas não foram molestados (mesmo assim, foram impedidos de regressar à terra natal).
A guerra continuava, longe dos territórios sistarte e de Libros, e ninguém prevalecia sobre o inimigo, até que uma epidemia surgiu nos campos de batalha, e acometeu Egisto, que antes de morrer infectou o pai e ambos morreram, em 1772 AEC.