Marlon Brando Island

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Marlon Brando Island Liberal Republic

Dados geográficos e políticos (2007)

Capital: Arcebíades do Sul

População: 897.968 habitantes

Área: 99.952 km² (a ilha maior possui 95.542 km², sendo a 19ª maior ilha do mundo em extensão)

Idioma oficial: Inglês, Æghlandish

Moeda: Kurtz Marlondino (equivale a US$ 0,25)

Regime de Governo: presidencialismo

Religião oficial: estado completamente laico, a população possui crenças próprias mas igrejas e templos são raros no país

Principais cidades: Quina (312.000 hab), Arcebíades do Sul (285.000 hab), Oakland (89.043 hab), Knav (75.883 hab)

História

Antiguidade marlondina

Não há indícios de habitação humana no território marlondino até o século IX a.C., quando uma expedição fenícia utilizou a ilha como posto avançado no Pacífico, praticamente fundando a cidade da Quina. Os fenícios construíram docas, casas, mercados e o magnífico Anfiteatro Quina, que comportava 70.000 pessoas, encrustado na península rochosa mais setentrional da ilha.

A antiga Quina funcionou até o século II a.C., quando houveram as Guerras Púnicas no Mediterrâneo. Os fenícios se voltaram à defesa da cidade de Cartago (norte da Tunísia) dos ataques vindos dos romanos, e abandonaram a Quina neste período, deixando apenas uma cidade-fantasma. Com a derrota, os fenícios nunca mais voltaram à ilha e a Quina permaneceu inabitada por 2000 anos.

1966: recolonização

Depois de praticamente vinte séculos, mais um barco aportava na ilha. Nele estava o grande ator Marlon Brando, que havia comprado o terreno no Pacífico a ser usado como casa de veraneio. O centro da propriedade foi fixado em uma pequena ilha no meio de uma baía da ilha maior, onde ficava a casa em si e um pequeno vilarejo, onde residiam os zeladores da ilha. Eram 200 no total, e raramente saíam da vila.

Dessa forma, a maior parte de Marlon Brando Island não foi desbravada no chamado “período brandino”. Os colonizadores nunca subiram os Æghlands, nunca atravessaram a densa selva e os pântanos do sul, e por incrível que pareça, nunca chegaram à Quina e às ruínas fenícias no litoral.

Os mantenedores da ilha eram em sua maioria sul-americanos, vindos de países como Brasil, Chile e Argentina. Um grupo de ingleses comandava os trabalhadores. Haviam ainda escandinavos e eslavos, que se encarregavam da construção.

Foram fundadas três cidades no período: Arcebíades do Sul, a atual capital, onde ficava a casa do próprio Marlon Brando; Vila Ananias, uma cidade que servia de portão para as pequenas fazendas na ilha maior; e Villa Braselândia, que era apenas um posto de vigia. Os funcionários nunca passaram dos limites destas cidades.

1982: um novo país

Na vizinha Nova Zelândia, estavam radicados dois importantes personagens: General Tapioca e Hank Scorpio. Tapioca fora extraditado de San Theodoros, nação sul-americana da qual era presidente e fora derrubado por um golpe de esquerda. Hank Scorpio havia fugido dos EUA, após problemas com o governo e boatos de que ele seria mentor de um movimento separatista.

Em setembro de 1980, eles se conheceram nas festas de alta sociedade de Auckland. Tapicoa levava consigo um exército pequeno, mas bem treinado, que ele denominava como Guarda Fúcsia. Scorpio estava sozinho na Nova Zelândia, mas possuía uma fortuna imensurável, um capital bilionário que ele havia conseguido manter longe dos olhos do governo americano. Não demorou muito para Scorpio financiar o exército de Tapioca. O plano original era reconquistar San Theodoros, mas o intento foi logo abortado quando espiões de Tapioca detectaram que o país havia afundado como tantas nações alinhadas à URSS em declínio. Era mais vantajoso iniciar um novo país, mas faltava um território.

No início de 1981, Tapioca constatou que havia um povoamento na ilha de Marlon Brando, mas que o ator já não voltava à seu retiro de verão haviam alguns anos. Em um movimento pouco planejado, Tapioca levou seus 200 homens para Marlon Brando Island e decretou independência. Ele rapidamente indenizou Marlon Brando, que comprou uma nova ilha e apoiou o reconhecimento do novo país perante as grandes nações. Os EUA, visando mais aliados na Guerra Fria (que já esfriava de vez), reconheceram o governo capitalista do novo país.

No primeiro mês, Tapioca governou provisoriamente e passou o comando a Arcebíades Lupicínio, antigo capataz da ilha. Tapioca se proclamou general vitalício dos exércitos de MBI. Scorpio fundou a HADESCORP com seu capital extraordinário, e tomou as rédeas da economia local. Era a aurora de um povo.

1982 – 1985: período arcebieense

As primeiras providências do governo de Arcebíades (fantoche de Tapioca e Scorpio) foram a abertura do país à mão-de-obra e a colonização de novas áreas. O governo trouxe milhares de europeus e norte-americanos e os naturalizou marlondinos. A preferência era por trabalhadores dos países do Primeiro Mundo, com qualificação e algum dinheiro no bolso, uma tática que deu certo na implantação de uma economia dinâmica em MBI, que misturava a produção de matérias-primas com manufaturados.

Foram fundadas as cidades de Rubacava e Oakland em 1982. Rubacava foi desenhada para ser um porto ao norte da ilha, e Oakland seria a “cidade modelo” para a classe alta viver. Logo o porto rubacavano virou um ponto de jogos, repleto de cassinos e a tradicional corrida de gatos. Em Oakland foi fundada a WCFC TV no mesmo ano.

Em 1983, as ruínas fenícias foram decobertas após 2000 anos perdidas. O General Tapioca ordenou a instalação de uma cidade na Quina, para fazer do sítio arqueológico um ponto turístico. Mas o mar quinense era igualmente rico, com águas profundas repletas de corais brilhosos. Foi construído um novo porto na Quina, e se instalou uma atividade de extração destes corais, que se renovam rapidamente por serem constituídos de matéria orgânica recém-decomposta, que brilham como forma de defesa contra predadores. A Quina enriquecia fabricando lâmpadas de corais, que brilham tanto quanto lâmpadas elétricas a custo zero. No mesmo ano, foi fundada a cidade universitária de Leiteirinha do Oeste, que se tornou uma das melhores universidades do Pacífico.

Entre 1983 e 1984, os marlondinos subiram os Æghlands de 2000 metros de altura, e fundaram Knav. Os colonizadores eram predominantemente escandinavos e desenvolveram o próprio idioma, misturando inglês às línguas nórdicas. Depois de Knav, foi fundada Visigod, uma cidade satélite em um nível de altura mais baixo. Em 1985 chegaram náufragos paraguaios, que tentaram passar whiskey contrabandeado pelo Rio Paraná mas acabaram caindo no oceano, sendo miraculosamente arrastados pelas regiões antárticas até chegar a MBI. Eles fundaram o Vilarejo de la Puente de Amizade ao sul. No ano seguinte, o General Tapioca construiu uma pequena usina nuclear nas proximidades da vila, para suprir as necessidades elétricas dos país (apesar da economia das lâmpadas de coral).

No mês de novembro daquele ano, Arcebíades Lupicínio renunciaria ao cargo de presidente. Era a vez de Hank Scorpio subir ao poder.

1985 – 1989: período erebus

A presidência de Hank Scorpio é chamada de “erebus” pelo fato deste ser o nome do reino de Hades na mitologia grega. Foi o período de solidificação econômica, com o país já montado.

Scorpio trouxe indústrias de ponta para MBI, mantendo a produção de matérias-primas. Uma tacada de mestre, na qual ele tomava controle de toda produção marlondina em diversos setores. Exímio negociador, Scorpio firmou acordos com nações poderosas da Europa e os EUA para obter proteção financeira e vantagens em exportações, tornando os produtos marlondinos mais baratos nas lojas do exterior e impulsionando os negócios. Apesar da produção pouco volumosa, comparando a países maiores, o PIB marlondino subiu consideravelmente e o nível de vida da população acompanhou. MBI não se tornou um país rico, mas sim um país “confortável”, também pelo fato dos bancos marlondinos fazerem vista grossa à origem do dinheiro que vinha do exterior.

A Quina era um forte pólo industrial. As cidades de Vila Ananias e Villa Braselândia já ficavam para trás economicamente.

Em 1988 estourava a Revolução Yurilandesa. Milhares de yurilandeses fugiram para o litoral leste de MBI, fundando pequenos povoamentos, unidos entre si. Eles acabariam por ser uma fatia importante do mercado marlondino, com vários aristocratas yurilandeses levando seu dinheiro ao país.

O período Scorpio foi de calmaria, e em 1989 ele entregaria o poder ao seu aliado Tapioca.

1989 até hoje: a era Tapioca

O General Tapioca foi eleito em 1989, e reeleito em 1993, 1997, 2001 e 2006. Foram 18 anos nos quais o equilíbrio econômico implantado por Scorpio permaneceu intacto.

No ano de 1991, o General se deparou com o vazamento de gases nas indústrias da Quina. Os gases não eram tóxicos, mas nunca chegaram a ser completamente dissipados da atmosfera, o que confere um belo tom vermelho ao pôr-do-sol quinense. Entretanto, o fato despertou consciência ambiental no povo marlondino, e iniciou-se uma intensa campanha de limpeza do país. Em 1999, a Quina foi considerada oficialmente despoluída por órgãos internacionais, e mantém a qualidade do ar comparável a cidades escandinavas. A única turbulência do governo Tapioca ocorreu em agosto de 2006. Financiados por uma rede internacional (que havia atuado na Yurilândia), guerrilheiros colatudinos tentaram se rebelar contra o governo. Mas o General Tapioca perpetuou a ordem, auxiliado por tropas de diversos países da CONFUSA (organização à qual MBI havia recentemente se filiado). Tapioca propôs o Tratado da Cúpula de Arcebíades do Sul, assinado por Orcrist, Pão de Açúcar, País Menor e Megathon em um primeiro momento. A cidade de Villa Braselândia foi completamente destruída na guerra, e em seu lugar foi construída uma nova cidade, Marlorcrist (em parceria com o capital orcristiano). Foram mortos 7000 marlondinos no conflito.

Após a tribulação, MBI encontrou um período tranqüilo e próspero. O General Tapioca tem mandato garantido pela constituição até 2011.

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